terça-feira, 8 de setembro de 2015

O Caos na Educação

A educação no Brasil, não é novidade, está um caos. Poucos investimentos, pouco interesse dos governantes, má remuneração dos professores, são apenas alguns ítens que nos mantém nesse nível. Andei pesquisando sobre os investimentos do governo na área da educação.
      Não obtive dados muito precisos, mas dá para ter uma idéia. Vamos lá. Vejamos um quadro da situação do ensino. O Brasil investe por ano, apenas 3,2% do PIB. Segundo dados do MEC, este percentual foi de 4,4% em 2006. Difícil encontrar o valor exato, de qualquer forma, é pouco para um país considerado “Em Desenvolvimento”. Se comparado ao investimento da Coréia do Sul, ficamos muito longe. Este país investiu 10% do seu PIB durante 10 anos. Lá, para ser professor é preciso prestar um dos vestibulares mais difíceis do país e apenas 5% dos candidatos são aprovados, e é obrigatório ter Mestrado. No Brasil, 28% dos professores não têm curso superior. O salário de um professor na Coréia equivale a R$ 4.000,00 por mês em início de carreira, no Brasil, R$ 1.500,00, 37% abaixo da média dos profissionais com diploma. Um estudante na Coréia passa, em média, 9 horas por dia na escola, o estudante brasileiro, apenas 5 horas por dia. (Fonte de dados: MEC e Revista Exame de 31/12/08). Por aí já se tem uma idéia da situação. Mas, o problema está somente aí? Acho que não. O currículo escolar do brasileiro é fraco, os alunos estão cada vez mais indisciplinados e os professores cada vez menos estimulados. Outro dia, conversando com um amigo que é diretor de escola pública, falávamos exatamente da decadência do ensino. Professores ameaçados em sala de aula, alunos que fazem apenas o que querem, etc. Penso que deveria acontecer uma reforma radical no ensino brasileiro. Temas como civismo, ética, trabalho, globalização, economia, e outros, deveriam ser inseridos no currículo do estudante. É claro que nas devidas proporções de seu entendimento, mas de forma que estimulasse o aluno a gostar e pensar a respeito. É um desafio e tanto, não é mesmo? Vejam isso: Unesco avalia mal o ensino no Brasil Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) feita em 16 países da América Latina concluiu que a metade dos alunos da 3ª série do ensino fundamental do Brasil não demonstra o conhecimento esperado em leitura e matemática. Quando avaliados os alunos da 6ª série, há avanços em leitura, com a metade dos estudantes dentro da meta. Já em matemática, a situação continua ruim. A pesquisa da Unesco confirma os resultados ainda muito baixos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Fonte: Opinião e Notícia Essa também: Brasil tira nota baixa em outra avaliação Exame da Unesco revela resultado pífio, especialmente em matemática Lisandra Paraguassú (…) O estudo mostra que, com algumas raras exceções, o Brasil partilha da mesma sina de má qualidade educacional dos demais países latino-americanos. O único que realmente foge à regra em todos os níveis estudados é Cuba, em que a maioria dos estudantes, em ambas as séries e em todas as disciplinas, aparece no nível mais alto de aprendizagem. Alguns, como Chile e Costa Rica, México e Uruguai, têm situações melhores do que a brasileira, mas ainda têm muitos alunos nos níveis mais baixos de aprendizagem. ?SUB-1? EM MATEMÁTICA O estudo foi feito com provas em turmas de 3ª e 6ª série do ensino básico em leitura, matemática e ciências – o Brasil, no entanto, não participou do exame de ciências. Incluiu 100.752 estudantes de 3ª série e 95.288 de 6ª série de 16 países. Para serem considerados aptos para a série que estão, os alunos teriam que ter alcançado os níveis 3 e 4 de uma escala que começa em “sub-1″. A única série em que pelo menos a metade dos estudantes chega aos níveis 3 e 4 é a 6ª, mas apenas em leitura. Nesse caso, a nota brasileira supera a média da região, mas o mesmo acontece com Cuba, Costa Rica, Chile, Colômbia México e Uruguai. Nas outras séries, o Brasil fica na média da região e metade dos estudantes brasileiros fica apenas nos níveis 1 e 2 de aprendizagem. Mais do que isso, em matemática na 3ª série, mais de 10% ficam no nível sub-1 – ou seja, não conseguem identificar informações básicas em textos simples. De um modo geral, República Dominicana, Nicarágua e Panamá tiveram os piores resultados. Do outro lado, além de Cuba, com os melhores resultados, aparecem normalmente Chile e Costa Rica. O estudo mostrou, ainda, a influência que o Produto Interno Bruto (PIB) e a desigualdade social têm nos resultados educacionais. Quanto maior o PIB, melhores os resultados. Quanto maior a desigualdade, piores os resultados. Apesar de ter a maior riqueza da América Latina, os resultados brasileiros apenas razoáveis na comparação com os vizinhos podem ser explicados pelo fato de o Brasil ser o país mais desigual das Américas e um dos mais desiguais do mundo. Fonte: O Estadão É, meus amigos, algo deve ser feito urgente. Se desejamos um país melhor para viver, ou pelo menos iniciar uma melhora para nossos filhos e netos, temos que fazer alguma coisa. Todos podem e devem ajudar de alguma maneira, nem que seja cobrando dos políticos que elegemos.


Professor: Edmundo Santana.
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